Retrato Grego
Tenho a barba espessa, os olhos velados
Pelas pálpebras, como nos que sabem o preço
Das coisas que viram. Me calo como convém
A um homem ciente de que no coração humano
Cabe mais do que na fala. Deixei o país
Natal, o lar e o serviço público
Não porque buscasse lucro ou aventuras.
Não sou um estrangeiro nos navios.
O rosto comum, o do cobrador de impostos,
Do comerciante, do soldado, não me distingue na multidão.
Nem me recuso a prestar a devida homenagem
Aos deuses locais. E como o que se come.
É quanto basta dizer sobre si mesmo.
q triste e vazio!
ResponderExcluirmilosz é sérvio. pode ser que vazio não seja a melhor palavra. tenho a impressão de que seja o contrário.
ResponderExcluirdesculpe...
ResponderExcluirvolta e meia confundo Milosz com Pávlovitch.
O Milosz nasceu na Lituânia, cresceu na Polônia e passou a maior parte da vida nos Estados Unidos, onde faleceu.
Polônia, Auschwitz... sei não. Pode ter sido demais, né?