domingo, 12 de dezembro de 2010

Edwin Morgan




Quando você partir

Quando você partir,
se você partir,
e eu tiver vontade de morrer,
não há nada que me salvaria
mais do que o tempo
que você adormeceu nos meus braços
com uma confianca tão suave
deixei o quarto escurecendo
beber a noite, até
que o repouso, ou a chuva
levemente despertaram você.
Perguntei se tinha ouvido a chuva no seu sonho
E meio sonhando você disse apenas, eu te amo.

3 comentários:

  1. POEMA DA DESPEDIDA
    [Mia Couto]

    Não saberei nunca
    dizer adeus

    Afinal,
    só os mortos sabem morrer

    Resta ainda tudo,
    só nós não podemos ser

    Talvez o amor,
    neste tempo,
    seja ainda cedo

    Não é este sossego
    que eu queria,
    este exílio de tudo,
    esta solidão de todos

    Agora
    não resta de mim
    o que seja meu
    e quando tento
    o magro invento de um sonho
    todo o inferno me vem à boca

    Nenhuma palavra
    alcança o mundo, eu sei
    Ainda assim,
    escrevo.

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  2. Poema

    Anverso

    Dormías. Te despierto.
    La gran mañana depara la ilusión de un principio.
    Te habías olvidado de Virgilio. Ahí están los hexámetros.
    Te traigo muchas cosas.
    Las cuatro raíces del griego: la tierra, el agua, el fuego, el aire.
    Un solo nombre de mujer.
    La amistad de la luna.
    Los claros colores del atlas.
    El olvido, que purifica.
    La memoria que elige y que redescubre.
    El hábito que nos ayuda a sentir que somos inmortales.
    La esfera y las agujas que parcelan el inasible tiempo.
    La fragancia del sándalo.
    Las dudas que llamamos, no sin alguna vanidad, metafísica.
    La curva del bastón que tu mano espera.
    El sabor de las uvas y de la miel.

    Jorge Luis Borges

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  3. http://www.youtube.com/watch?v=Ekztx2Zuyuc&feature=related

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