sexta-feira, 30 de julho de 2010

e.e.cummings




it may not always be so;and i say
that if your lips, whitch i have loved,should touch
another's,and your dear strong fingers clutch
his heart,as mine in time not far away;
if on anothe's face your sweet hair lay
in such a silence as i know,or such
great writting words as, uttering over much,
stand helplessly before the spirit at bay;

if this should be,i say if this should be -
you of my heart, send me little word;
that i may go unto him, and take his hands,
saying,Accept all happiness from me.
Then shall i turn my face, and hear one bird
sing terribly afar in the lost lands.



quarta-feira, 28 de julho de 2010

Jens Peter Jacobsen




Niels Lyhne


O primeiro ano assemelhou-se muito ao tempo do noivado, mas à medida em que a vida em comum envelhecia, Lyhne sentia maior dificuldade em dissimular a si próprio sua fadiga: estava cansado de procurar sempre novas expressões para o seu amor; cansado de, sempre revestido da plumagem da poesia, manter as asas alçadas para a fuga pelo céu de todas as emoções e pelas profundezas de todos os pensamentos; ansiava pelo bem-estar de uma paz contemplativa, sentar-se muito quieto no seu galho e dormitar, a cabeça oculta na morna penugem sob a asa. Não concebia o amor como chama sempre desperta, crepitante, que fulgidiamente iluminasse os menores incidentes da existência, fantasticamente tornando tudo maior e mais estranho. Antes era o amor para ele, como a brasa que arde na calma, que irradia de suas brandas cinzas um calor sempre igual, que no aconchego do crepúsculo faz esquecer suavemente a distância e acende no que está ao redor um brilho mais próximo, mais familiar.
[...]
Havia muito que ela percebera, com desgosto, como minguava a opinião que fizera do marido, e como ele descia das alturas vertiginosas em que ela o colocara ao tempo do noivado.[...] procurou reconstituir o estado anterior, afogando o marido numa torrente de emoções ainda mais extraordinárias, de maiores entusiasmos; encontrou porém, tão fraca ressonância, que passou quase a sentir-se ela mesma sentimental e afetada[...] não queria acreditar no que pressentia; mas à medida que, pouco a pouco, a inutilidade dos seus esforços despertou-lhe dúvidas sobre suas próprias qualidades de espírito e de coração, passou a deixá-lo tranquilo, tornou-se fria, silenciosa e meditativa, procurou a solidão para chorar em paz as suas ilusões.

Pois agora ela verificava que se tinha enganado amargamente e que Lyhne, a rigor e no íntimo, não era diferente das pessoas que sempre conhcecera, e que aquilo que a enganara era a coisa mais comum: o amor simplesmente o envolvera por algum tempo numa fugitiva auréola de espírito e nobreza, como acontece tantas vezes às naturezas inferiores.

Lyhne tornou-se tão aflito quanto apreensivo com essa alteração nas suas relações, e esforçou-se em tentativas infelizes para reatar o antigo vôo apaixonado; o que apenas serviu para provar mais claramente a Bartolina a extensão do seu erro. 
.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Rainer Maria Rilke




Cartas

É impossível que haja algo mais difícil do que amar alguém - essa tem sido minha experiência recorrente. É trabalho, labuta diária, lida diária, sabe lá Deus, não há outra palavra pra isso. E a isso se acrescente que os jovens não estão sendo preparados para esse tão difícil amar. As convenções tentaram transformar essa relação mais complicada e extrema em algo fácil, frívolo e criaram a ilusão de que todos seriam capazes dela. Mas não é bem assim. O amor é difícil, e é mais difícil do que as outras coisas porque, em outros conflitos, a própria natureza nos exorta a nos concentrar e nos contrair com todas as forças enquanto há na intensificação do amor o estímulo para que nos entreguemos completamente. Mas realmente pode haver beleza nisto: entregar-se ao outro não como uma totalidade ordenada, mas casualmente, peça por peça, como por acaso se dá? Esse doar-se que tanto parece com um jogar fora e um dilacerar, pode ser algo bom, pode ser felicidade, alegria, progresso? Não, não pode... Quando manda flores para alguém, primeiro você as arranja, não é verdade? Mas os jovens amantes lançam-se uns aos outros na sua impaciência e na pressa de sua paixão e absolutamente não notam a falta de consideração mútua presente nessa entrega desordenada. Só a notam com espanto e mau humor, perante a desavença que toda essa desordem provoca entre eles. E, tão logo se instala a desunião, as coisas se tornam cada dia mais confusas; nenhum deles tem mais em torno de si algo inteiro, puro e incorrupto. E, no meio do desconsolo do dilaceramento, eles procuram manter a ilusão de felicidade (pois supõe-se que tudo isso seja em nome da felicidade). Eles mal conseguem se lembrar o que julgavam ser felicidade.

Em sua insegurança, cada um se torna mais injusto com o outro; aqueles que queriam agradar um ao outro agora se tocam de maneira prepotente e inquieta. E, no esforço de escapar do estado insustentável e insuportável de sua confusão, eles cometem o pior erro que pode acontecer às relações humanas: tornam-se impacientes. Eles se empurram para chegar a um término, a uma decisão (como crêem) definitiva; tentam determinar de uma vez por todas sua relação, cujas mudanças surpreendentes os espantaram, de modo que daí em diante ela possa permanecer 'para sempre' a mesma (como eles dizem). Esse é apenas o último erro nessa longa cadeia de equívocos entrelaçados.

Nem mesmo o que está morto se deixa determinar definitivamente(pois ele se desintegra e se modifica em sua natureza); menos ainda algo vivente e vivo pode ser tratado peremptoriamente de uma vez por todas. Viver é, precisamente, transformar-se, e as relações humanas, que são um extrato da vida, constituem o que há de mais mutável; elas sobem e caem de minuto a minuto, e os amantes são pessoas para as quais nenhum momento se iguala ao outro em sua relação e seus toques, e entre os quais não ocorre nada de habitual nem nada que já existiu uma vez, mas apenas coisas novas, inesperadas, inauditas. [...]

Os jovens [...] quando amam, não devem esquecer que são iniciantes, desajeitados da vida, aprendizes do amor - eles devem aprender a amar, e isso requer (como para qualquer aprendizado) calma, paciência e concentração!

sábado, 24 de julho de 2010

Czeslaw Milosz





Love

Love means to learn to look at yourself
The way one looks at distant things
For you are only one thing among many.
And whoever sees that way heals his heart,
Without knowing it, from various ills
A bird and a tree say to him: Friend.
Then he wants to use himself and things
So that they stand in the glow of ripeness.
It doesnt matter whether he knows what he serves:
Who serves best doesnt always understand.

Czeslaw Milosz

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Zbigniew Herbert




Pebble

The pebble 
is a perfect creature
equal to itself
mindful of its limits
filled exactly
with a pebbly meaning
with a scent that does not remind one of anything
does not frighten anything away does not arouse desire
its ardour and coldness
are just and full of dignity
I feel a heavy remorse
when I hold it in my hand
and its noble body
is permeated by false warmth
- Pebbles cannot be tamed
to the end they will look at us
with a calm and very clear eye

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Jo Nam-du



Folhas Secas (1)

E se viesse caindo dos céus
E se um bicho selvagem abandonado
chorasse a solidão até cansar
e rolasse pelo chão
Por mais que eu olhe
aquilo é
a triste sombra da solidão
Vá saber,
se é o nome de algum triste amor
que alguém em algum lugar
grita sufocado
Vá saber

domingo, 11 de julho de 2010

Honoré de Balzac







Eugênia Grandet

Os avarentos não crêem numa vida futura, o presente é tudo para eles. Essa reflexão lança uma luz horrível sobre a época atual onde, mais que em qualquer outro tempo, o dinheiro domina as leis, a política e os costumes.  [...]
Hoje em dia, o esquife é uma transição pouco temida. O futuro, que nos esperava para além do réquiem, transportou-se para o presente. Chegar per fas et nefas* ao paraíso terrestre do luxo e dos prazeres vãos, petrificar o coração e macerar o corpo em busca de posses passageiras, como outrora se sofria o martírio da vida em busca de bens eternos, eis a idéia geral! Ideia aliás inscrita por toda parte, até nas leis, que perguntam ao legislador: ' que pagas?', ao invés de ' que pensas?' Quando essa doutrina tiver passado da burguesia ao povo, que será do país?


* Pelo lícito e pelo ilícito.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Rainer Maria Rilke


CARTAS A UM JOVEM POETA

"PRIMEIRA CARTA"

" Paris, 17 de Fevereiro de 1903

Prezadíssimo Senhor,

Sua carta alcançou-me apenas há poucos dias. Quero agradecer-lhe a grande e amável confiança. Pouco mais posso fazer. Não posso entrar em considerações acerca da feição de seus versos, pois sou alheio a toda e qualquer intenção crítica. Não há nada menos apropriado para tocar numa obra de arte do que palavras de crítica, que sempre resultam em mal entendidos mais ou menos felizes. As coisas estão longe de ser todas tão tangíveis e dizíveis quanto se nos pretenderia fazer crer; a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço em que nenhuma palavra nunca pisou. Menos suscetíveis de expressão do que qualquer outra coisa são as obras de arte, - seres misteriosos cuja vida perdura, ao lado da nossa, efêmera.

Depois de feito este reparo, dir-lhe-ei ainda que seus versos não possuem feição própria somente acenos discretos e velados de personalidade. É o que sinto com maior clareza no último poema, "Minha Alma". Aí, algo de peculiar procura expressão e forma. No belo poema "A Leopardi" talvez uma espécie de parentesco com esse grande solitário esteja apontando. No entanto, as poesias nada têm ainda de próprio e de independente, nem mesmo a última, nem mesmo a dirigida a Leopardi. Sua amável carta que as acompanha não deixou de me explicar certa insuficiência que senti ao ler seus versos, sem que a pudesse definir explicitamente.Pergunta se os seus versos são bons. Pergunta-o a mim, depois de o ter perguntado a outras pessoas. Manda-os a periódicos, compara-os com outras poesias e inquieta-se quando suas tentativas são recusadas por um ou outro redator. Pois bem - usando da licença que me deu de aconselhá-lo - peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, - ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite:"Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão.Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde. Não escreva poesias de amor. Evite de início as formas usuais e demasiado comuns: são essas as mais difíceis, pois precisa-se de uma força grande e amadurecida para se produzir algo de pessoal num domínio em que sobram tradições boas, algumas brilhantes. Eis por que deve fugir dos motivos gerais para aqueles que a sua própria existência cotidiana lhe oferece; relate tudo isso com íntima e humilde sinceridade. Utilize, para se exprimir, as coisas de seu ambiente, as imagens de seus sonhos e os objetos de suas lembranças. Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga consigo que não é bastante poeta para extrair as suas riquezas. Para o criador, com efeito, não há pobreza nem lugar mesquinho e indiferente. Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre sua infância, essa esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? Volte a atenção para ela. Procure soerguer as sensações submersas desse longínquo passado: sua personalidade há de reforçar-se, sua solidão há de alargar-se e transformar-se numa habitação entre lusco e fusco diante da qual o ruído dos outros passa longe, sem nela penetrar. Se depois desta volta para dentro, deste ensimesmar-se, brotarem versos, não mais pensará em perguntar seja a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por esses seus trabalhos, pois há de ver neles sua querida propriedade natural, um pedaço e uma voz de sua vida. Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade. Neste caráter de origem está o seu critério, - o único existente. Também, meu prezado senhor, não lhe posso dar outro conselho fora deste: entrar em si e examinar as profundidades de onde jorra a sua vida; na fonte desta é que encontrará a resposta à questão de saber se deve criar. Aceite-a tal como se lhe apresentar à primeira vista sem procurar interpretá-la. Talvez venha significar que o senhor é chamado a ser um artista. Nesse caso aceite o destino e carregue-o com seu peso e sua grandeza, sem nunca se preocupar com recompensa que possa vir de fora. O criador, com efeito, deve ser um mundo para si mesmo e encontrar tudo em si e nessa natureza a que se aliou.

Mas talvez se dê o caso de, após essa descida em si mesmo e em seu âmago solitário, ter o senhor de renunciar a se tornar poeta.

(Basta, como já disse, sentir que se poderia viver sem escrever para não mais se ter o direito de fazê-lo). Mesmo assim, o exame de consciência que lhe peço não terá sido inútil. Sua vida, a partir desse momento, há de encontrar caminhos próprios. Que sejam bons, ricos e largos é o que lhe desejo, muito mais do que lhe posso exprimir.

Que mais lhe devo dizer? Parece-me que tudo foi acentuado segundo convinha. Afinal de contas, queria apenas sugerir-lhe que se deixasse chegar com discrição e gravidade ao termo de sua evolução. Nada a poderia perturbar mais do que olhar para fora e aguardar de fora respostas a perguntas a que talvez somente seu sentimento mais íntimo possa responder na hora mais silenciosa.

Foi com alegria que encontrei em sua carta o nome do professor Hoaracek; guardo por esse amável sábio uma grande estima e uma gratidão que desafia os anos. Fale-lhe, por favor, neste sentimento. É bondade dele lembrar-se ainda de mim; e eu sei apreciá-la.

Restituo-lhe ao mesmo tempo os versos que me veio confiar amigavelmente. Agradeço-lhe mais uma vez a grandeza e a cordialidade de sua confiança. Procurei por meio desta resposta sincera, feita o melhor que pude, tornar-me um pouco mais digno dela do que realmente sou, em minha qualidade de estranho.

Com todo o devotamento e toda a simpatia,

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Wislawa Szymborska





Amor Feliz

Amor feliz. Será normal,
sério ou útil?
O que retém o mundo de duas pessoas,
que nem sequer o enxergam?

Sem mérito algum, mutuamente enaltecidos,
apenas mais dois entre milhões, contudo convencidos
que tinham de ser eles. Como prêmio de quê? De nada.
A luz vem de nenhures.
Porque ilumina justamente estes e não outros?
É uma ofensa à justiça? É sim.
Transgride os princípios zelosamente coligidos?
Arrasa toda a moral? Transgride e arrasa.

Vejam lá os felizardos:
se pelo menos um pouco disfarçassem,
se para alento dos amigos, tormento fingissem!
Vejam, como se riem - ofensivamente.
Ouçam a sua fala - aparentemente inteligível.
E os seus ritos, cerimônias,
as suas recíprocas atenções requintadas
parecem uma conspiração nas costas da humanidade.

Difícil de prever, ao que isto chegaria,
se um exemplo tal pudesse ser copiado.
O que aproveitaria a religião e a poesia,
o que seria lembrado ou descuidado,
quem quereria ficar na roda.

Amor feliz. Será necessário?
O tacto e o bom senso mandam silenciá-lo
como se fosse um escândalo da alta roda da vida.
Esplêndidas crianças nascem sem o seu favor,
se assim não fosse, nem a terra se enchia,
pois afinal de contas, coisa rara é o amor.

Que negue o amor feliz,
quem amor feliz desconhecer.

Com essa fé, mais leve ficar-lhe-á viver e morrer.

sábado, 3 de julho de 2010

Lev Tolstói




Felicidade Conjugal

Amar era pouco para mim, depois que eu experimentara a felicidade de apaixonar-me por ele. Eu queria movimento e não uma fluência tranquila da vida. Queria inquietação, perigos e autossacrifício em prol do sentimento.Havia em mim um excesso de força, que não encontrava lugar em nossa vida sossegada.
[...]
Apenas nos momentos de uma ternura quieta, moderada, que havia entre nós, eu tinha a impressão de que algo não estava bem, de que algo me machucava o coração, e parecia-me ler o mesmo nos seus olhos. Eu sentia essa fronteira da ternura que ele agora como que não queria, e que eu não podia transpor. Isso entristecia-me às vezes, mas não havia tempo para se ficar pensando fosse no que fosse, e eu procurava esquecer essa tristeza da mudança confusamente percebida, entregando-me a divertimentos que estavam continuamente à minha disposição.
[...]
Agora, nunca mais ficava à sós comigo mesma e temia pensar na minha situação. Todo o meu tempo, desde tarde da manhã até tarde da noite, estava ocupado e não me pertencia, mesmo que eu não saísse de casa. Isto não me alegrava nem entediava mais, mas dava a impressão de que tudo sempre devia ser assim e não de outra maneira.
[...]
Havia entre nós como que uma ofensa não perdoada, era como se ele me castigasse por algo e fingisse não o perceber. Não havia por que pedir perdão: ele me castigava apenas não se entregando a mim totalmente, não me dando toda a sua alma, como outrora; mas não a entregava a nada nem a ninguém, como se não a tivesse mais. 
[...]
A princípio, eu ficava ofendida com este medo da sinceridade, mais depois habituei-me à ideia de que não era insinceridade, e sim falta de uma necessidade de ser sincero. Agora, a minha língua não se moveria para lhe dizer de repente que o amava, ou para lhe pedir que rezasse comigo umas orações, ou então chamá-lo para ouvir-me tocar piano. Já se podia perceber entre nós determinadas relações de conveniência. Vivíamos cada um no seu lado.
[...]
A partir desse dia, terminou o meu romance com o meu marido; o sentimento antigo tornou-se uma recordação querida, algo impossível de trazer de volta, e o novo sentimento de amor aos filhos e ao pai dos meus filhos deu início a uma nova vida, de uma felicidade completamente diversa, e que ainda não acabei de viver...