quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Lucian Blaga

A SAUDADE

Sedento bebo teu perfume

e seguro teu rosto
com ambas as mãos,

como quem segura na alma um milagre. 


Queima-nos a proximidade,
olhos nos olhos,
como estamos.
E contudo me sussurras: "Tenho tanta saudade de ti!" 


Falas tão misteriosa e desejosa,

como se eu estivesse exilado em outro mundo.

Mulher.
que mares levas no peito, e quem és?
Canta ainda uma vez mais tua saudade,
por que te ouça
e os instantes me pareçam botões prenhes
de que florescessem de fato... eternidades.

• De Poemele Luminii (Os Poemas da Luz), 1919

2 comentários:

  1. esses dias percebi mudanças. Sem curiosidade sobre qualquer coisa. os olhos não resistem a tantas palavras...sinal de superação. Sinal de levantar!De ir para algum lugar.
    Na virada deste ano era p eu não estar em casa, era para ser diferente.Pensei em algo diferente,mas ...risos!
    andando e pensando em diversas coisas, talvez uma associação livre.
    entrei exatamente aqui p deixar um recado clichê, e pensei:vamos de uma forma diferente. A mim de quem as palavras fogem, não consegui: Saudades. que surpresa, como o tema do poema. Talveza minha seja diferente da dela. Poemasme fazem lembrar que estão distante de mim.Linguagem difícil. Difícil compreender os seus sentimentos ou as palavras...sei lá!Hoje as lembranças são siples-complexas:saudades e saudades!

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  2. hmmm... essa saudade tá durando, hein? posta alguma coisa nova. beijocas

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