segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Kim Tchun-su

Ausência


Quando por vezes o vento vinha sacudindo
a cerca chorava
em tom triste

Coisas como crista-de-galo, ipoméia, balsâmina,
floresciam cada qual na sua estação,
e murchavam
sem som

Mesmo no inverno mais frio
vinha o raio de sol
para uma sesta solitária sobre pedras azuis
e se ia

Os anos passavam sem nada por fazer
e as pessoas, como num sonho,
viviam e morriam

3 comentários:

  1. LEVE COMO LEVE PLUMA
    MUITO LEVE LEVE POUSA
    NA SIMPLES E SUAVE COISA
    SUAVE COISA NENHUMA

    SOMBRA SILÊNCIO OU ESPUMA
    NUVEM AZUL QUE ARREFECE

    SIMPLES E SUAVE COISA
    SUAVE COISA NENHUMA
    QUE EM MIM AMADURECE
    (secos e Molhados)
    cabe bem na sua morbidez!
    e o passado sempre presente mas n deuma forma doente! xero nego!di

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  2. ummm...


    mórbido? não sei. talvez num sentido pouco comum.

    as imagens do poema me remetem a um observador que toma como referência objetos que se encontram em outro 'plano de urgências'.

    A tristeza da cerca ao vento, o murchar silencioso das flores, a discreta oferta de um raio-de-sol às pedras azuis. Aos olhos do que escreve, tudo isso toma a forma de 'urgente'.

    Talvez por isso, as pessoas, no poema, vivem e morrem 'como num sonho'. Talvez por que, quase que somente em sonho, referências como cerca, flor e pedra ganhem espaço em nossas urgências cotidianas; como diz o outro, em nossas 'perturbações distraídas'.

    Gosto do poema. me parece difícil conceder ao que se sente uma melodia leve e simples, como ele o faz.

    mas não leio com os olhos de que o que se conta são extratos de mim.
    acho que de mim, tanto quanto de qualquer outro.

    uma saudade de Di

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  3. é tão estanho ler um recadop mim aqui. c fez um poema p responder o meu comentário. adoro palavras bem usadas!peço a Deus tal dom!
    o sonho é tão misterioso quanto a própria vida, emui necessário. De qualquer forma transcende o óbvio. e com o seu comentário, acredito que o simples esconde a sua complexidade. quem liga p o sonho?é apenas sonho!ainda bem que sonho!
    Lembrei de uma cena do Conta Comigo, em queo personagem principal, o que está contando a história, acorda cedo p cntinuar a jornada e senta à beira da estrada ou trilho, e vê um cervo. e n fala p ningém até aquele momento. tem sonhos que nos despertama um mistério particular, e assim é!num momento certo sai.faz parte de viver, de ser, de ver...coragem! n feche os olhos! dê a sua mãos!beijos abraços e saudades...xero
    de Di p Ra- pó pará n!

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